VIAGEM EM GRUPO | Viagem de Autor com Gonçalo Cadilhe
Tudo incluído | 25 refeições
Situada entre a Namíbia e a África do Sul, a região de Namaqualand é um dos territórios mais desolados do mundo, onde a fixação de populações é esporádica e minimalista, poucas são as espécies animais adaptadas a estas condições e a flora aparece-nos frágil e efémera. No entanto, aqui encontram-se algumas das paisagens naturais mais espetaculares e fotogénicas do planeta. O contraste entre os marcos geológicos extraordinários e a ausência de comunidades humanas faz-nos pensar numa imagem poética em que viajámos no Tempo ao dia antes da criação: a Terra já foi criada, mas falta-lhe ainda o milagre da vida.
Ao longo da nossa viagem iremos explorar o grande desfiladeiro do Fish River Canyon, os blocos misteriosos do Giant’s Playground, a interdita Costa dos Diamantes, as dunas vermelhas do deserto do Namibe e teremos ainda a possibilidade de ver a Namaqualand coberta de tapetes extraordinários de flores, uma visão surreal numa região remota que poucos viajantes se podem gabar de ter visitado.
PROGRAMA
( ↑ Clique em cada um dos separadores para ver a respetiva informação)
Partida frente à nossa agência do Porto, em transporte privativo, em direção ao Aeroporto de Lisboa. Encontro com os passageiros de Lisboa e embarque em voo regular com destino a Windhoek, via Luanda. Noite a bordo.
Chegada ao Aeroporto Internacional de Windhoek. Depois do desembarque e controlo de passaportes, receção e assistência no aeroporto internacional de Windhoek e transfer para o hotel. À tarde teremos um city tour de Windhoek, que apesar de ser a capital da Namíbia, se mantém uma pequena cidade que conserva a memória do seu passado colonial germânico. Alojamento em Avani Hotel ou similar.
Atacamos a grande estrada que desce para sul através da paisagem inconfundível da Namíbia. Durante a tarde tomamos contacto com duas das atrações mais emblemáticas do sul da Namíbia: as formações rochosas inqualificáveis do Giant’s Playground, o Recreio dos Gigantes; e as inconfundíveis árvores “kookerboom” ou “quiver tree”, no parque homónimo, declarado monumento nacional em 1995. Estas árvores são autóctones da região de Namaqualand e o seu nome deriva do facto dos bosquímanos utilizarem os seus ramos como aljava das suas flechas. Alojamento Maritz Country Lodge ou similar.
Giant’s Playground
“kookerboom” forest
Créditos: Gonçalo Cadilhe
Descemos do planalto central para o litoral através de uma estrada sem paralelo no resto da Namíbia. Exploramos a cidade fantasma de Koolmanshop, um dos lugares mais fascinantes e surreais do planeta: fundada em 1908 com a descoberta de uma jazida de diamantes, tornou-se uma das cidades mais cosmopolitas de África em poucos anos; mas ao fim de duas décadas foi abandonada com o esgotamento da jazida: o clima seco preservou-a no tempo dando-nos a impressão de ter sido habitada até ao mês passado. Chegamos por fim a Luderitz, uma pitoresca cidade colonial parada no tempo e uma das localidades mais isoladas do mundo. Para lá dos edifícios históricos e do ambiente irrepetível típico de uma pequena cidade portuária encravada no fim do mundo, dedicaremos especial atenção ao Diaz point, o promontório onde Bartolomeu Dias ergueu um padrão no dia 25 julho 1488, no regresso da viagem inaugural ao cabo da Boa Esperança. Hoje podemos ver uma réplica do padrão, e admirar a enseada que o navegador baptizou de Angra Pequena. Alojamento em Nest Hotel ou similar.
Luderitz
Diaz point
Cidade fantasma de Koolmanshop
Créditos: Gonçalo Cadilhe
Começamos o dia com um tour de barco à ilha de Halifax, onde iremos contactar a única colónia de pinguins da Namíbia. Passamos o resto do dia a explorar em veículos todo-terreno um território que durante mais de um século esteve vedado a qualquer ser humano que não fosse funcionário da De Beers: a zona proibida dos Diamantes, a Sperrgebiet. Hoje transformada em parque nacional, a zona mantem ainda assim o acesso restrito e exclusivo a alguns “tour operators” locais. Atravessamos paisagens que poucos turistas visitaram, pensando que em noites de lua cheia seria ainda possível detetar à superfície, pelo brilho inequívoco, um dos míticos diamantes que tornaram esta região a quimera mundial da prospeção diamantífera. Destaques do nosso dia: cidades fantasmas, vales e montanhas a pique sobre o mar e o enorme arco de pedra “Bogenfels”, uma das fotografias mais emblemáticas do litoral da Namíbia. Alojamento.
Paisagens típicas da Namaqualand
Créditos: Gonçalo Cadilhe
Através de paisagens imensas e desoladas viajamos para o desmesurado Fish River Canyon, um dos maiores desfiladeiros do mundo. Durante a tarde tomamos contacto com esta realidade fazendo um pequeno tour a partir do Fish River Lodge, o único lodge que se encontra na orla do desfiladeiro e que permite o acesso às suas profundezas. O Gonçalo aproveitará este regresso ao Fish River Canyon para partilhar algumas das histórias da caminhada de 5 dias em trekking solitário que completou no fundo do desfiladeiro durante a escrita do livro “África Acima”. Alojamento em Fish River Lodge ou similar.
Fish River Canyon
Créditos: Gonçalo Cadilhe
A descida em 4×4 ao fundo do Fish River Canyon será um dos momentos altos da nossa viagem. Passaremos o dia a explorar este excesso da geologia que, tendo sido formado a partir de 650 milhões de anos atrás, conta a história da evolução do nosso planeta como poucos outros fenómenos geológicos. O desfiladeiro tem uma profundidade que toca os 550 metros, ao longo de 160 kms de comprimento. O nosso tour irá descer até às margens do pequeno rio Fish, cuja persistência erosiva ao longo de centenas de milhões de anos criou o grande canyon da Namíbia. (nota: A viagem de 4×4 é dura e desconfortável pois viajamos por autênticos trilhos de cabras, mas é o preço a pagar para alcançarmos um lugar sem paralelo no planeta). Alojamento.
Fish River Canyon
Créditos: Gonçalo Cadilhe
Entramos hoje na porção norte do deserto de Namaqualand, uma das regiões mais áridas do mundo, onde poderemos já ter a possibilidade de ver alguns tapetes de flores a colorar o deserto (no entanto, sendo a floração um fenómeno natural dependente do registo das chuvas de ano para ano, nada está garantido). Na localidade mineira de Rosh Pinah faremos uma visita ao Geo Center para uma melhor compreensão do território que temos vindo a atravessar. Depois de percorrermos algumas das paisagens de deserto mais impressionantes da nossa viagem, acompanhamos o rio Orange até à foz. Visitamos Oranjmund, que nas últimas décadas se tornou o epicentro da prospeção de diamantes da Namíbia. Aqui foram encontrados em 2008 os restos de uma caravela portuguesa do início do século XVI, a “Bom Jesus”, cujo espólio em breve será exposto num museu municipal. Atravessamos a fronteira e chegamos a Port Nolloth, já na África do Sul. Alojamento no Scotia Inn ou similar.
Créditos: Gonçalo Cadilhe
A única razão de existir de Port Nolloth parece ser a garimpagem submarina de diamantes aluvionais, fora isso nada parece acontecer nesta localidade isolada e esquecida. No porto, avistamos barcos com enormes tubos de sucção do fundo do mar. Depois desta visão surreal, subimos ao planalto da Namaqualand através de uma estrada panorâmica diferente de todas as paisagens que vimos até agora, através da cénica portela de Anenous. Visitamos durante a tarde um dos epicentros da observação das flores da Namaqualand, a Goegap Nature Reserve, com excelentes amostras, catalogadas, das flores selvagens da região. Possibilidade de percorrer a caminhar alguns trilhos de curta duração. Alojamento Blue Diamond Lodge ou similar.
Iniciamos o dia com um passeio pelas ruas de Springbok, cidadezinha perdida no meio da paisagem lunar de Namaqualand. Tendo conhecido um rápido desenvolvimento em meados do século XIX com a descoberta de minas de cobre, após o esgotamento do filão a cidade decaiu e hoje deve a sua importância ao cruzamento de duas importantes estradas da África Austral que ligam a Cidade do Cabo e Joanesburgo à Namíbia e restantes países a norte. Durante a tarde exploramos o Namaqua National Park que, com vários planaltos protegidos e estradas cénicas, é o lugar mais indicado para encontrarmos o fenómeno natural do deserto em flor, uma visão que vale uma viagem. Podemos observar a floração de suculentas como mesembryanthemums, margaridas de Namaqualand, e variedades de Asteraceae e Liliacaea. Alojamento.
Depois de cruzarmos a fronteira, seguimos a cénica estrada para as termas de Ai-ais, onde almoçamos. Situadas na saída sul do desfiladeiro e conhecidas há séculos pelos bosquímanos que as batizaram de “água que queima”, as termas encontram-se hoje dentro de um resort do Parque Natural “Ritchersveld Transfontrier Park”. Possibilidade de tomar banho nas piscinas termais. Ao final da tarde celebramos o pôr-do-sol sobre a orla do Fish River Canyon no seu miradouro mais espetacular, celebrado em inúmeros postais e publicações, o miradouro de “hiker’s point”. Alojamento no Canyon Roadhouse ou similar.
Despedimo-nos do Fish River canyon e seguimos por estradas panorâmicas até Helmeringhausen, onde nos espera um “nature safari”, um tour em veículos todo-terreno, por este ecossistema de transição entre dois dos parques naturais mais importantes do país, o Naukluft e o Ritchersveld. Durante o safari teremos a possibilidade de avistamento de várias espécies de antílopes, zebras, girafas. Terminamos com a promessa de um poente extraordinário acompanhado de aperitivo. Alojamento no Kronenhoff Lodge ou similar.
Parque Naukluft
Continuamos pela panorâmica estrada C27 até Sesriem, que, com as enormes dunas encarnadas de Sossusvlei, é o lugar mais celebrado da Namíbia. A densidade de minério de ferro oxidado no meio das areias das dunas explica a razão destas cores extraordinárias da paisagem cada fim da tarde e cada princípio de manhã nesta região. De tarde exploramos a região num “game drive” e teremos um jantar sob o céu estrelado da Namíbia como despedida às noites cristalinas nossa viagem. Alojamento no Sossusvlei Lodge ou similar.
Dunas encarnadas de Sossusvlei
Levantamo-nos de madrugada para ver o nascer do sol sobre as dunas de Sossusvlei, a quintessência de uma viagem à Namíbia, com o mundialmente famoso efeito cromático de labareda nas encostas das dunas durante os primeiros raios de sol. Exploramos este sector do parque Naukluft durante a manhã, com uma caminhada à célebre visão fotogénica das árvores mortas no lago seco de Deadvlei. (Como atividade opcional, sugerimos um voo de balão sobre as dunas, mas tenha presente que o horário desta atividade decorre em simultâneo com o programa desta manhã. Ao optar pelo voo de balão não poderá participar no programa acima descrito. O voo do balão deve ser reservado com a maior antecedência possível. Para mais informações contacte o balcão da nossa agência). Após o almoço, regressamos a Windhoek. Alojamento no Avani Hotel ou similar.
Lago seco de Deadvlei
Tempo livre de manhã para explorar Windhoek ou para últimas compras nas cooperativas de artesanato e nas lojas elegantes situadas da zona do hotel. Em hora a combinar transfer para o aeroporto e voo de linha para Portugal, via Luanda. Noite a bordo.
Chegada a Lisboa. Continuação em transfer privativo para o Porto. Fim da viagem.
PREÇO POR PESSOA EM QUARTO DUPLO: 6.375€
SUPLEMENTOS Quarto individual: 1.100€
SINAL: 1.915€
O PREÇO INCLUI:
• Transfer privativo Porto / Lisboa / Porto;
• Assistência nas formalidades de embarque;
• Passagem aérea em classe económica Lisboa / Windhoek / Lisboa, em voo regular TAAG, com direito a uma peça de bagagem até 23 kg e respetivas taxas de aeroporto, segurança e combustível (95 €);
Lisboa – Luanda (duração aproximada 08h30)
Luanda – Windhoek (duração aproximada 03h30)
Windhoek – Luanda (duração aproximada 03h30)
Luanda – Lisboa (duração aproximada 06h15)
• Circuito em autocarro de turismo;
• Alojamento e pequeno-almoço nos hotéis mencionados ou similares;
• Pensão completa, desde o jantar do 2º dia ao jantar do 14º (12 almoços, dos quais alguns serão picnic e 13 jantares servidos em restaurantes, nos hotéis ou lodges);
• Acompanhamento por nosso Autor durante todo o circuito, desde e até Windhoek – Gonçalo Cadilhe;
Guia local falando Português ou Espanhol durante todo o circuito, desde e até Windhoek;
• Visitas e entradas conforme programa;
• Gratificações a guias e motoristas locais;
• Taxas hoteleiras, serviços e IVA;
• Seguro Multiviagens VIP (assistência, cancelamento, interrupção e coberturas complementares COVID-19).
O valor das taxas de aeroporto, segurança e combustível acima indicado refere-se à data de elaboração deste programa. Este valor está sujeito a alteração até 20 dias antes da data de partida.
O PREÇO EXCLUI:
• Bebidas às refeições;
• Opcionais, extras de carácter particular e tudo o que não estiver mencionado como incluído.
• Condições específicas de cancelamento por parte do viajante:
– Até aos 75 dias antes da partida – 0
– De 74 a 45 dias antes da partida – 30% do custo total da viagem;
– De 44 a 30 dias antes da partida – 50% do custo total da viagem;
– De 29 a 15 dias antes da partida – 75% do custo total da viagem;
– De 14 a 0 dias antes da partida – 100% do custo total da viagem.
Salvaguardam-se as situações cobertas ao abrigo da nossa apólice de seguro de viagem no capítulo Cancelamento Antecipado.
• Condições gerais Pinto Lopes Viagens: Consulte aqui
• Informação relativa aos nossos Seguros de Viagem: Consulte aqui
• Preço da viagem sujeito a flutuações cambiais.
• Programa elaborado a 23 de dezembro de 2024.
*Chamada para a rede fixa nacional