Jardins dos Açores – Entre o Mar e a Terra

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1º DIA • PORTO OU LISBOA (AVIÃO) – TERCEIRA

Comparência no aeroporto escolhido para embarque em voo com destino à Ilha Terceira, via Lisboa. Chegada, assistência e transfer para hotel onde será servido o almoço. Após este, início das visitas a Angra do Heroísmo, capital da Ilha Terceira, e considerada Património da Humanidade. Começamos pela visita ao Palácio dos Capitães Generais com visita à Casa, pátio e jardim. Prosseguimento para o Jardim Duque da Terceira, ocupando parcialmente a cerca do Colégio de Jesuítas e do Convento Franciscano. Fundado em 1882, é um aprazível espaço verde no coração da fantástica cidade, constituindo mesmo um dos espaços verdes mais encantadores de toda a Ilha. Repartido por patamares, decorados com pedras de lava recordando as origens vulcânicas da Ilha, contrastam as suas cores escuras com a luminosidade e vivacidade das cores das plantas tropicais que aqui pululam. Continuação para o Museu de Angra, situado num antigo convento franciscano do século XVII, com uma exposição permanente dedicada à história dos Açores e à sua relação com o mundo. Jantar. Alojamento no Hotel Zenite Boutique & Spa 4* ou similar.

2º DIA • TERCEIRA (AVIÃO) – SÃO MIGUEL

Partida para visita à reserva natural do Monte Brasil e à sua enorme fortaleza, um antigo vulcão extinto que teve origem no mar e que mais tarde se juntou à cidade de Angra. Atualmente, é uma paisagem protegida e o parque natural da cidade, com espécies arbóreas e arbustivas de especial interesse e com excelentes miradouros. Continuação para a Quinta da Nasce Água, que deve o seu nome à nascente natural de água que guarda nos seus terrenos. Era, na sua origem, uma quinta rústica e fértil, com terrenos de cultivo, pomares, hortas, ervas aromáticas e medicinais, latadas de vinha e flores. Mais tarde, o Brigadeiro Inácio de Castil Branco adere às novas tendências trazidas pelo séc. XIX, e planta flores exóticas, constrói o grande lago, implanta moinhos, e cria um jardim de buxo. Transforma assim significativamente a Quinta, abrindo-a à curiosidade do público. Mais recentemente, a Quinta ganha novos exemplares de vegetação exótica e o jardim aproxima-se daquilo que é hoje. Almoço. Prosseguimento para a Quinta de Nossa Senhora da Oliveira, nos arredores de Angra, uma quinta de recreio percorrida por “ruas altas” que conduzem aos quartéis plantados de fruteiras e muitas exóticas, muito bem mantida pelos atuais proprietários.  Transfer ao aeroporto para embarque em voo com destino a São Miguel. Chegada, assistência e transfer ao hotel. Jantar. Alojamento no Hotel Grand Açores Atlântico 5* ou similar.

3º DIA • SÃO MIGUEL

Saída em direção às Furnas e visita ao parque do Piquinho. Inicio das visitas pelo lago, onde se concentra a maior diversidade de vegetação exótica e pontuam as palmeiras, fetos arbóreos, bambus, azáleas e outras espécies exóticas, ao lado dos carvalhos, tulipeiros, pinheiros e outras espécies de regiões temperadas. Continuação para o Parque Terra Nostra, o mais famoso jardim açoriano. Situado no centro do vale das Furnas, o parque Terra Nostra é um dos mais vastos e antigos jardins dos Açores, cuja história se liga à transformação das Furnas como estância termal e turística. Um grande tanque de água termal, rodeado por um anel de altas araucárias, convida a um banho relaxante e incomum; se os visitantes se aventurarem pelos 12 hectares de terreno, encontrarão coleções botânicas incríveis: o jardim de Camélias, o jardim das Cycadales, a coleção de Fetos, o jardim das Bromeliaceas, o jardim das Endémicas dos Açores, entre outros jardins temáticos. Há ainda lagos vulcânicos, ribeiros de águas férreas, grutas românticas, pontes e miradouros num sem fim de perspetivas de grande efeito cénico. Almoço em restaurante local. Prosseguimento para visita à Mata-Jardim José do Canto, localizado na margem sul da Lagoa das Furnas onde se estende um arboreto com árvores seculares dos cinco continentes e uma capela neogótica que foi a última morada do fundador do jardim: José do Canto (1812-1898) e sua mulher Maria Guilhermina (1826-1887). O seu traçado remete para longos passeios estendidos em curvas largas, desenhados por Barillet-Deschamps e Georges Aumont, dois conceituados arquitetos paisagistas da cidade de Paris. Por entre ruas de camélias, o visitante encontrará o mágico “vale dos fetos” e o caminho que conduz à cascata do “Salto do Rosal”. Segue-se visita ao moderno Furnas Lake Village, onde será servido um acolhedor chá das cinco, preparado no conceito “farm to table”. Regresso a Ponta Delgada. Jantar. Alojamento.

Parque do Piquinho e Mata-Jardim José do Canto

Parque Terra Nostra

4º DIA • SÃO MIGUEL 

Dia dedicado ao centro da cidade de Ponta Delgada em visita, a pé, aos seus mais emblemáticos jardins. Destaque para o Jardim António Borges, com o seu estilo pitoresco com que foi concebido há mais de 150 anos e que se deve inteiramente a António Borges da Câmara Medeiros (1812-1879), seu antigo proprietário e simultaneamente seu criador. O espírito cosmopolita, o fascínio pelo simbolismo de raiz maçónica e o gosto pelo colecionismo botânico está intacto nas misteriosas grutas de pedra vulcânica, nos lagos recortados, nos caminhos sinuosos e na flora variada trazida dos viveiros de Liège, Gante e Londres, que empresta ao jardim um ambiente verdadeiramente luxuriante.  Visita ao Jardim Botânico José do Canto, onde nos é revelado o esforço de aclimatação e de colecionismo botânico do seu criador, José do Canto (1820-1898). Nos cerca de 5 hectares do jardim podem admirar-se alguns dos mais belos espécimes arbóreos dos jardins açorianos. Almoço na antiga estufa do jardim. Terminaremos o dia com uma visita ao Jardim do Palácio de Santana, atualmente residência do Presidente da Região Autónoma dos Açores. A elegância aristocrática é a marca deste jardim e palácio do século XIX que preserva, como nenhum outro, o espírito vitoriano do seu desenho original, dominado por um grande parterre estendido até à fachada neoclássica do palácio. Fim de tarde livre no centro histórico de Ponta Delgada. Jantar. Alojamento.

Jardim Palácio de Santana 

Jardim António Borges

5º DIA • SÃO MIGUEL (AVIÃO) – LISBOA OU PORTO

Partida para Capelas para visita à Quinta da Torre, antiga quinta de produção de laranja e outras frutas, que manteve até hoje a sua compartimentação em sebes vivas e que atualmente produz em modo biológico. Do mirante avistam-se amplos panoramas sobre a costa norte da ilha. Partida para as Sete Cidades para visita ao Jardim Pitoresco. Depois de passada a ponte que separa a Lagoa Verde da Lagoa Azul ergue-se a antiga casa de veraneio de António Borges da Câmara Medeiros (1812-1879), grande proprietário e colecionador de pintura que se serviu do cenário natural da Lagoa para pano de fundo da transformação paisagística que logrou impor sobre uma parte da cratera das Sete Cidades. Ocupando a margem sudoeste da Lagoa Azul das Sete Cidades, no extremo ocidental da ilha, o Jardim Pitoresco manteve-se na posse dos seus herdeiros constituindo a parcela remanescente de um antigo e extenso arboreto. Destaque para a longa alameda de camélias marginando a lagoa onde merecem destaque diversas antigas cultivares italianas. Almoço. Em horário a combinar, transfer ao aeroporto para embarque em voo com destino ao Porto ou Lisboa.  Fim da viagem.

Fotografias: AJH.