VIAGEM EM GRUPO | Viagem de Autor com Joaquim Magalhães de Castro
Por ocasião dos 400 anos da Descoberta do Tibete pelo padre António de Andrade. Assinale connosco este extraordinário, mas pouco conhecido, feito Português.
É objetivo desta nossa expedição recriarmos alguns dos trajetos efetuados por jesuítas portugueses do início do século XVII, pioneiros europeus nos Himalaias, desfrutando simultaneamente das mais belas e extraordinárias paisagens do planeta.
No caso particular, sugiro que sigamos alguns dos passos do Padre António de Andrade, natural de Oleiros (Castelo Branco), e do Irmão Manuel Marques, natural de Mação (Santarém). Em 1624, eles foram os primeiros europeus a chegar ao Tibete, tendo Andrade dado notícia dessa nova realidade geográfica-cultural a todo o mundo ocidental.
Acredito que recriar algumas das etapas concretizadas por esses intrépidos trota mundos é a melhor forma de assinalar os 400 anos desse feito único no historial das grandes viagens da Humanidade. Convido-vos, pois, a fazerem parte da nossa expedição, para assim, juntos, fazermos História.
É, de facto, um privilégio poder, quatro séculos depois, visitar os locais por onde passaram e onde viveram tão valorosos e destemidos personagens. Vivenciar e sentir muito daquilo que eles vivenciaram e sentiram com a vantagem de, agora, o podermos fazer com um grau de conforto bastante aceitável.
PROGRAMA
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Marcamos encontro no aeroporto de Lisboa, onde terei oportunidade de vos conhecer pessoalmente e satisfazer, desde logo, a vossa curiosidade a respeito dessa tão especial parte do mundo que nos preparamos para visitar. Espero que a curiosidade seja muita. O nosso voo deixará Lisboa rumo a Pequim, via Dubai.
Chegada a Pequim ao final da tarde. Iremos pernoitar esta noite em hotel nas imediações do aeroporto para adaptação ao fuso horário e recuperação do Jet Lag.
Noite – Dormida no Hotel CITIC Beijing Airport.
Transfer ao aeroporto para embarque em voo com destino a Xining.
Muitos de vocês serão decerto agradavelmente surpreendidos pelo choque cultural com que se vão confrontar. Em Xining respira-se já muita da atmosfera que iremos presenciar no Tibete. Das 56 etnias existentes na China, 37 encontram-se representadas nessa cidade. Aí se cruzam budistas com muçulmanos, taoistas e até cristãos. Com uma história de mais de dois mil anos, Xining era entreposto fulcral na rota de caravanas para o Tibete, sendo também importante etapa na famigerada Rota da Seda. Teremos, eventualmente, oportunidade de dar uma vista de olhos à cidade antes de algo particularmente excitante: uma viagem ferroviária noturna rumo ao Teto do Mundo! O comboio expresso com destino a Lhasa conduzir-nos-á durante a tarde e ao longo da noite através do vasto planalto tibetano. Aproveitem para olhar as estrelas, que parecem estar ao alcance da mão, pelas janelas dos vossos compartimentos.
Noite – Dormida a bordo.
Hoje acordamos já no gigantesco e misterioso Tibete. Na estação ferroviária de Lhasa (chegamos às 11 da manhã) seremos recebidos pelo guia local na boa tradição tibetana: com a oferta de um khata, cachecol branco, sinal de respeito e honra.
Em menos de 20 minutos estaremos no Lhasa Shangri-La, a melhor unidade hoteleira do Tibete, onde ficaremos hospedados nos primeiros três dias da nossa viagem.
Lhasa situa-se a 3.650 metros, portanto, o ar é aí mais rarefeito. Manda a prudência que se aproveite o resto do dia para descansar, permitindo assim que o nosso organismo melhor se aclimatize à alta altitude. É claro que – quem assim o desejar – pode fazer pequenos passeios exploratórios pela urbe. Estarei inteiramente disponível para vos acompanhar.
Noite – Dormida no Hotel Lhasa Shangri-La
Lhasa
Hoje visitamos as principais atrações de Lhasa: Palácio de Potala, templo de Jorkhang, o dito ‘circuito de Barkhor’, a movimentada rua adjacente, e, se houver tempo, Norbulingka, o palácio de Verão do Dalai Lama. Após o pequeno-almoço iremos até ao Potala, ex-libris do Tibete. Lanços de escadarias largas e íngremes conduzem a esta admirável peça de arquitetura inspirada nas montanhas circundantes. Construído no século VII, como fortaleza-mosteiro, o Potala foi palácio de Inverno dos Dalai Lamas de 1649 a 1959, museu desde então, e, desde 1994 é Património Mundial. Consta que tem mais de mil salas, dez mil altares, túmulos dourados de oito dalai lamas e bibliotecas com livros antiquíssimos.
Certamente ali esteve o jesuíta Manoel Freyre, um dos primeiros europeus a visitar Lhasa, a ‘Cidade Santa’, em 1719. Ao almoço, oportunidade para degustar o ‘chá com manteiga’, bebida de eleição dos tibetanos. Não é de consensos. Ou se gosta ou detesta. Eu, confesso, sou grande fã.
A parte da tarde está reservada para o incontornável Jorkhang, o mais antigo templo do Tibete. Erguido por ordem do rei Songtsen Gampo, introdutor do budismo nestas paragens, é considerado centro espiritual da nação. Ali se guardam muitas e valiosas relíquias. Cá fora, na praça de Barkhor, misturemo-nos com os incontáveis peregrinos. Vê-los-emos, de todas as idades, prostrando-se repetidas vezes no chão ou rodando incessantemente os seus cilindros oratórios enquanto caminham. Prepare-se para um verdadeiro mergulho na cultura tibetana.
Noite – Dormida no Hotel Lhasa Shangri-La
A fortaleza de Gyantse, cidade do Tibete Central visitada pelos jesuítas portugueses João Cabral e Estevão Cacela.
Mais um dia de passeio com sabor histórico. Desta feita, aos arredores de Lhasa, onde se situam os mosteiros de Drepung e de Sera. Comecemos por Drepung, a casa mãe da seita Gelugkpa, “seita dos virtuosos”, a maior e mais importante escola do budismo tibetano. Foi outrora o mais habitada espaço monástico do mundo, chegando aí a residir 10 mil monges. Hoje, alberga algumas centenas apenas. Com sorte, teremos oportunidade de presenciá-los numa qualquer cerimónia. Uma experiência única, garanto-vos. Não só pelo hipnótico murmurinho das ladainhas, mas sobretudo pela envolvência do espaço interior: luz e a sombra em constante coreografia com o fumo do incenso e das lamparinas alimentadas a ghee, um óleo vegetal. Depois do almoço, visitaremos Sera, outra das referências religiosas. A área em redor é espaçosa e verdejante, convidativa a pequenos passeios. Todas as tardes jovens monges protagonizam animados debates no pátio do mosteiro. Assim põem em prática os ensinamentos que lhes são ministrados durante a manhã. Um espetáculo singular, sem dúvida. O padre António de Andrade, que depressa aprendeu a língua local, participou em debates do género; e do seu conteúdo nos dá notícia nas cartas que escreveu. Á noite, em salutar convívio, faremos um brinde com chang, cerveja de cevada fermentada (ou arroz), ao sucesso da nossa expedição.
Noite – Dormida no Hotel Lhasa Shangri-La
Começa a aventura! Partimos da região de Utsang rumo ao Tibete Ocidental. Após duas horas de viagem chegaremos ao colo de Kamba La (4980m). Usufruiremos dali uma vista privilegiada sobre o belo Yamdrok Yamtso, o terceiro maior lago do Tibete. A sua água, de um azul-turquesa similar ao dos mares tropicais, contrasta com o verde-claro dos campos de cultivo que se estendem ao longo das suas margens. Costumam estar por ali pastores com os seus felpudos iaques, o mais característico e valioso animal dos Himalaias. Continuaremos a subir rumo ao colo de Karo La (5010m), onde nos depararemos com um imponente glaciar perene. Por todo o lado ondulam as coloridas bandeiras oratórias, outro dos típicos símbolos do Tibete. Teremos oportunidade de, na boa tradição tibetana, deixar aí penduradas bandeiras oratórias personalizadas, em prol da paz global e o bem-estar dos nossos entes queridos. Estrategicamente situada entre Lhasa e Xigatse (3800m), na rota das caravanas vindas do sul, do Sikkim e do Butão, Gyantse sempre foi elo de ligação entre o Tibete e a Índia. É, seguramente, a mais bela cidade do Tibete. Os jesuítas Estevão Cacela e João Cabral, pioneiros europeus na região de Utsang e nos reinos budistas vizinhos ao Tibete, visitaram Gyantse três séculos e meio antes de Francis Younghusband e as suas tropas, em 1904, a terem transformado num entreposto entre Lhasa e o subcontinente indiano.
Noite – Dormida no Hotel Nyangchu Manor House Gyantse
Iniciamos o dia visitando o Pelkor Chode, o único mosteiro onde coexistem as três seitas do budismo tibetano. Maravilhemo-nos desde logo com o Kumbum, “local dos dez mil Budas”, a mais alta estupa do Tibete. Foi mandada erguer por um príncipe local, em 1427, nos terrenos anexos ao templo, num vale que faz lembrar a cratera de um vulcão extinto. Com 42 metros de altura e 108 capelas espalhadas por nove andares, essa estupa abriga 100 mil estátuas do Iluminado. Teremos ainda oportunidade de apreciar o Maitreya, “Buda do Futuro”, uma imponente estátua de 26 metros de altura que representa a divindade sentada num trono de lótus. Depois do almoço, prosseguiremos viagem até Shigatse, percorrendo uma planície com aldeias disseminadas entre os extensos campos de cevada. Nos montes vizinhos, algumas torres em ruínas das antigas fortalezas viradas para os Himalaias que durante séculos protegeram o Tibete dos invasores. Hora e meia depois, eis-nos defronte o imponente forte da cidade e o mosteiro de Tashi Lhunpo, residência do Panche Lama. Ali foram recebidos, em 1627, os padres Cabral e Cacela, cujo poder de persuasão lhes permitiu estabelecer uma missão católica na cidade, a qual não teria grande futuro. Cabral regressaria à Índia, mas Cacela, depois de dali ter, sem sucesso, tentado chegado a Tsaparang, acabaria por morrer. Onde teria sido sepultado esse nosso compatriota, provavelmente o primeiro ocidental a deixar os ossos em solo tibetano? Tantas perguntas para tão pouco tempo.
Noite – Dormida no Hotel Hilton Shigatse
Hoje teremos um longo dia e muitos quilómetros pela frente. Mas não se preocupem. A beleza da paisagem que nos espera depressa fará esquecer a distância.
Pedaços coloridos de amarelo e violeta, os omnipresentes campos de mostarda, pontuam o horizonte. Complementam-no estupas de todos os tamanhos e feitios, jumentos e gente perto de habitações com traços azuis e vermelhos desenhados sobre as janelas, um sinal protetor contra os maus espíritos. Teremos oportunidade de fazer breve visita ao mosteiro de Sakya, com as suas tão características paredes vermelhas, sede da seita Sakyapa, detentora do poder durante um século, por altura da invasão do Tibete pelos mongóis. No planalto multiplicam-se os rebanhos, avistando-se com frequência o casario branco, salgueiros e pedaços de terra cultivada.
Depois de Lhatze, derradeiro entreposto urbano, e após a travessia do rio Tsangpo (o Bramaputra indiano), espera-nos o Ngari, a inóspita região dos ‘desertos de erva’, como é conhecida. Que não nos engane a designação! Mantém-se a espetacularidade do panorama tela technicolor com a vantagem de, agora, mais abertamente se manifestar a vida selvagem: corvos, milhafres, lebres, marmotas, bandos de antílopes e gazelas, e até, com sorte, poderemos avistar os raros cavalos de Prevelsky, com remota origem pré-histórica. Chegaremos já ao fim da tarde, cansados, mas felizes, à cidade de Saga, onde pernoitaremos.
Noite – Dormida no Western Station Sherry Hotel Saga.
Prosseguimos caminho manhã cedo rodeados por irreais picos de montanha com mais de 6000 metros que nos parecem perfeitamente alcançáveis. Pudera! o asfalto nessas paragens ultrapassou já os 5.000 metros. Não é por acaso que essa é considerada a estrada mais alta do planeta. A norte, estendem-se as áridas planícies de Chang Tang com os seus extensos lagos sem vida e plenos de sal, tudo o que resta do mar de Tethys. Já o Ngari que percorremos, apesar de desértico, é atravessado por redes fluviais que proporcionam sustento aos nómadas e seus rebanhos. Vemo-los já, agrupados em vinte ou mais famílias, junto às típicas tendas castanhas escuras quadriláteras feitas de pele de iaque. A luz intensa do sol espelha-se nos riachos e nos lagos de água cristalina onde as montanhas se veem ao espelho. E que belos espelhos tem o Teto do Mundo! O lago que procuramos surgirá anunciado pelo cume nevado da majestoso Gurla Mandahta, ponto mais alto da cadeia do Himal Garwal. A grandiosidade do sagrado Manasorovar deixa-nos boquiabertos. Um mergulho nas suas águas – diz-se – liberta o peregrino da miséria terrestre e envia-o diretamente para o paraíso de Brama. Fica desde já o desafio aos mais corajosos. Garanto-vos que será o mais revigorante dos banhos. Haverá tempo para caminhadas nas margens do Manasarovar e uma visita ao enigmático eremitério Chiu Gompa. Este é um mundo de vento e paz. Uma paz azul. Ao anoitecer, por norma, o vento pára. E saem as estrelas. Aos milhões. Olhar a abóbada celeste a esta altitude é das experiências mais inesquecíveis que um ser humano pode ter.
Noite – Dormida no Hotel Ouguan Tarchen.
O sagrado lago de Manasarovar. Um mergulho nas suas águas – diz-se – liberta o peregrino da miséria terrestre e envia-o directamente para o paraíso de Brama.
Os tibetanos são um povo profundamente religioso. Acumular mérito, enviar filhos para a vida monástica, fazer peregrinações, cultivar a santidade e o poder da natureza são conceitos elementares de uma fusão única que acontece entre o budismo e o ancestral culto xamanístico bon que sempre existiu no planalto e se foi moldando à cultura tibetana. Darchen, com o venerado monte Kailash a espreitar, é antecâmara desse mundo. Mas ainda não é tempo de lhe revelar os segredos à santa Montanha. Esperam-nos mais a oeste as ruínas de Tsaparang, a cereja no topo do bolo da nossa expedição. No tempo do padre Andrade, ao Grande Tibete contrapunha-se o Pequeno Tibete, constituído hoje pelas regiões islamizadas de Caxemira e do Baltistão, no Paquistão, e ainda os reinos budistas de Ladakh, Zanskar e Lahul Spiti, actualmente parte integrante da União Indiana. Esse é, aliás, o motivo de uma já longa disputa territorial entre a China e a Índia. De certo modo, continua por definir a verdadeira linha fronteiriça. A respeito da esterilidade destas terras, o padre Andrade informava que os “mouros de Caxemira” costumavam dizer que “o inferno está por debaixo daquela terra, pela grande esterilidade que nela há”. Comprovam as palavras do jesuíta os filões dos diferentes minerais que formam as montanhas com que nos confrontaremos. Verdadeiros arco-íris geológicos, mais parecem surreais e magníficas pinturas. Mais um local de paragem obrigatória. Há que fotografar e desentorpecer as pernas, antes da chegada a cidade de Zanda. No Tibete, mais do que em qualquer outro lugar do mundo, o silêncio é algo que, para além de se apreciar, sobretudo se deseja.
Noite – Dormida no Kailash Hotel Zanda.
Ruínas de Tsaparang, capital do reino de Guge, onde chegaram o Padre António de Andrade e o Irmão Manuel Marques, em 1624.
Convido-vos hoje a madrugar. E há uma boa razão para isso. O nascer do sol nas ruínas de Tsaparang é um espetáculo imperdível. Uns quilómetros apenas e estaremos a aguardar o despertar do astro-rei enquanto à nossa frente se desvenda essa admirável cidade, agora em ruínas, construída em degraus numa parede rochosa cor de lama. De todo o conjunto, destacam-se três estruturas intactas: o Templo Vermelho, o Templo Branco e, no topo em forma de meseta, o Palácio Real. Eis-nos perante a mítica capital do reino de Guge, implantada na margem esquerda do rio Sutlej: a Chaparangue ‘descoberta’ em 1624 pelo Padre António de Andrade e do Irmão Manuel Marques. No interior das capelas que teremos oportunidade de visitar, veremos retratadas em cores vivas uma verdadeira plêiade de divindades assustadoras, mas também a da bela deusa Tara. Um desafio aos sentidos e uma viagem ao passado. O padre Andrade, embora nunca chegasse a admitir a existência de Buda e do budismo enquanto tal, notou que os tibetanos tinham “casas de oração como as nossas igrejas, pintadas pelos tetos e paredes”. Tal como as obras produzidas pelos mestres do Renascimento, também as pinturas dos mosteiros tibetanos foram concebidas de forma a que, seja qual for o ponto para onde se desloque o visitante, a figura retratada pareça estar sempre a acompanhá-lo com o olhar. Onde terá sido erguida a igreja que António de Andrade conseguiu mandar construir depois de ter sido recebido pelo rei de Guge com honras de alto dignitário? Estamos no nosso direito de especular à vontade.
Na parte da tarde, após o regresso a Zanda, visitaremos o mosteiro de Tholing, um dos mais antigos do Tibete.
Noite – Dormida no Kailash Hotel Zanda.
Hoje regressaremos a Darchen, desta feita para apreciarmos em todo o seu esplendor o monte Kailash (6711m). Com o cume permanentemente coberto de neve, esta montanha é considerada por quatro diferentes religiões o local mais sagrado do planeta. Nas suas proximidades, nascem quatro dos mais importantes rios asiáticos e espraiam-se os lagos Manasorovar e Raksas Tal. Os hindus consideram Kailash como a manifestação terrestre do monte Meru, centro do universo, descrito nas escrituras antigas como o “pilar do mundo” em torno do qual tudo se move e cuja base mergulha no mais profundo dos infernos enquanto o topo toca os céus mais altos. Situada na imensa planície de Barkha, Darchen (4620m), é, por assim dizer, a porta de entrada para a peregrinação ao monte Kailash, aquilo que se designa de kora. Para o comum dos tibetanos fazer a kora, ou seja, circundar qualquer tipo de local ou objeto sagrado, é algo que vale sempre a pena. Sagrado tanto pode ser um mosteiro, como um templo, uma estupa ou simplesmente uma fileira de cilindros oratórios ou um monte de pedras. Seremos aqui confrontados com diversos grupos de peregrinos, sobretudo tibetanos mas também indianos (e não só) que anualmente marcam presença em grande número. Esta é base de onde partem os mais diversos tipos de teeekings de teor religioso.
Noite – Dormida no Hotel Ouguan Tarchen.
O cume do Monte Kailash, onde é bem visível aquela que é designada como “Escadaria para o Céu”
Manhã cedo encetaremos breve viagem até um dos locais onde se inicia a kora em redor de Kailash, de longe a mais popular. Os tibetanos costumam completá-la num só dia, partindo de madrugada para terminar a estafeta ao cair da noite. É um feito particularmente auspicioso completar três ou treze circuitos de seguida, havendo quem faça prostrações ao longo de todo o caminho. Neste caso, a romagem chega a demorar duas semanas. Para os tibetanos, caminhar em torno de Kailash é mais do que um dever: diz-se que uma volta purifica os pecados de toda uma vida, enquanto 108 voltas proporcionam o nirvana na vida presente. Aproveitemos para observar, fascinados, algumas personagens típicas da região: homens de botas de cano alto e chapéus de abas; mulheres com sininhos à cintura que badalam com o movimento e, no cabelo, enormes turquesas. Impressiona nessa gente simples e tranquila, o o poder do seu olhar: límpido e luminoso! Uns e outros transportam saquinhos da tsampa (cevada torrada) que ingerem depois de misturada com chá com manteiga. Os suíços inventaram o muesli, os tibetanos as bolas de tsampa. Ambos são altamente nutritivos e ideais para caminhantes, pois conservam-se durante muito tempo. Kailash é, de facto, uma montanha especial. As imagens que nos sugere na mente mudam consoante a proximidade, ângulo de observação ou mesmo a nossa imaginação. Kailash é uma montanha em aberto, é o que quisermos que ela seja. Não admira que os homens e as mulheres dos Himalaias tenham alimentado sonhos em seu redor durante tantos séculos.
Noite – Dormida no Hotel Ouguan Tarchen.
O cume do Monte Kailash, onde é bem visível aquela que é designada como “Escadaria para o Céu”.
Hoje teremos mais um dia inteiro a viajar, revendo o percurso feito dias antes.
O vento forte do planalto arrasta a areia fina das dunas e leva o deserto até às margens dos lagos. Parecendo-nos tão próximas, montanhas redondas e avermelhadas aconchegam o raro e típico casario assinalado por muros de pedras e filas de salgueiros e choupos, as árvores que melhor se adaptam a esta altitude. Quiçá nos cruzemos com grupos de kampas, os cavaleiros aguerridos da região de Kham, leste do Tibete. Alguns trazem ainda espada à cintura, como se estivessem em plana campanha militar. A paisagem ora revela vales cortados por rios, ora cumes com bandeiras oratórias. Montanhas verde-acastanhadas, a norte; picos himalaicos eternamente nevados, a sul. Teremos certamente oportunidade de presenciar manifestações do Garma Ri Gi, a “festividade da água”, celebrado por todo o Tibete no sétimo mês do calendário lunar, quando Vénus aparece no céu. Durante sete dias, de manhã à noite, tibetanos de todas as idades dirigem-se aos rios para tomar um banho sagrado.
Para nós, ao longo do dia, tempo de sobra para apreciar o intenso azul do céu, como só há no Tibete; ao fim de tarde, desvanece-se num instante aquele momento que os fotógrafos gostam de denominar de “luz mágica”. Antes de anoitecer chegamos de novo a Saga, para um merecido descanso.
Noite – Dormida no Western Station Sherry Hotel Saga.
Hoje deixaremos para trás o Ngari rumo ao gigantesco lago de Peiku Co. Os tibetanos consideram sagrados a água e os peixes, daí que não façam uso deste ou de qualquer outro lago. A oeste são visíveis vários picos dos Himalaias, destacando-se entre eles o Shishapangma (8.027m), uma das mais altas montanhas do mundo. Rumaremos depois a sul, em direção à fronteira nepalesa, passando entre montanhas. À medida que a altitude gradualmente diminui, a aridez da paisagem dá lugar ao verde das campinas e do arvoredo. No sopé dos montes que nos encerram em vales serpenteantes, o vale de Gyirong é, sem dúvida, uma verdadeira pérola para quem ama a natureza e a vida ao ar livre. Devido à amenidade do clima – a humidade é agora muito maior – exibe-se a flora e a fauna com menos timidez. Certamente era a este pedaço de terra, escondido do mundo durante séculos, que se referia o padre Andrade quando escreveu: “As terras do Tibete são muito grandes, segundo a informação que delas tivemos, e parece que mais pelo ser tão frescas e abundantes, pois nelas há muito mantimento de trigo e arroz, etc. De frutas, como uvas, pêssegos, e outras, como atrás fica dito, e assim no-lo certificaram muitas pessoas práticas naquelas terras”.
Noite – Dormida no Hotel Qo Mo Lang Zong.
Hoje cumpriremos a última etapa em território tibetano, como uma breve viagem de 24km até à fronteira nepalesa, onde nos despediremos dos guias e motoristas que nos acompanharam. Seguir-se-ão mais centena e meia de quilómetros até à capital nepalesa, onde chegaremos ao final da tarde.
Noite – Dormida no Hotel Hyatt Place
Após o pequeno-almoço visitamos as principais atrações em Katmandu, passearemos pela icónica e movimentada Praça de Durbar, que reúne monumentos, templos, figuras extravagantes – entre os quais os coloridos sadhus – e animais errantes. Mesmo ao lado, o templo de Kumari, a menina virgem adorada por todos, ‘a deusa Durga em forma humana’, é visita obrigatória. No outro lado da cidade, ao longo do sagrado rio Bagmati onde regularmente são cremados corpos, estende-se o famoso complexo de templos e ashrams de Pashupatinath, Património Mundial desde 1979. Existem aí 518 mini-templos e um pagode principal dedicado ao deus Shiva. Essa será a nossa segunda visita. Terminaremos o dia assistindo ao pôr-do-sol na colina de Swayambhunath, conhecida pela sua colónia de macacos e o icónico pagode com o olho de Buda desenhado na placa dourada. Bem no centro de Katmandu, este é importante local de culto, tanto para budistas como para hindus.
Aproveitemos o momento de contemplação para evocar a memória de dois dos nossos compatriotas, pioneiros europeus nesta cidade. Os jesuítas João Cabral, por ali passou em 1628, e Manuel Freyre, que ali permaneceu, em 1716, durante seis meses.
Hora da despedida. Ainda antes do meio da madrugada, oportunidade de um último adeus aos Himalaias. Desta feita, através de um olhar lá bem do alto. Confortavelmente sentados no avião. Uma coisa é certa: em breves minutos, o Teto do Mundo que dias antes palmilhamos, quilómetro a quilómetro, de leste a oeste, numa epopeia digna de Andrade, Marques, Cabral, Cacela e Freyre, ficará longe… Bem longe!
Tashi Delek!
É objetivo desta nossa expedição recriarmos alguns dos trajetos efetuados por jesuítas portugueses do início do século XVII, pioneiros europeus nos Himalaias, desfrutando simultaneamente das mais belas e extraordinárias paisagens do planeta.
No caso particular, sugiro que sigamos alguns dos passos do Padre António de Andrade, natural de Oleiros (Castelo Branco), e do Irmão Manuel Marques, natural de Mação (Santarém). Em 1624, eles foram os primeiros europeus a chegar ao Tibete, tendo Andrade dado notícia dessa nova realidade geográfica-cultural a todo o mundo ocidental.
Acredito que recriar algumas das etapas concretizadas por esses intrépidos trota mundos é a melhor forma de assinalar os 400 anos desse feito único no historial das grandes viagens da Humanidade. Convido-vos, pois, a fazerem parte da nossa expedição, para assim, juntos, fazermos História.
É, de facto, um privilégio poder, quatro séculos depois, visitar os locais por onde passaram e onde viveram tão valorosos e destemidos personagens. Vivenciar e sentir muito daquilo que eles vivenciaram e sentiram com a vantagem de, agora, o podermos fazer com um grau de conforto bastante aceitável.
A entrada na Região Autónoma do Tibete será feita por via-férrea, a partir da cidade de Xining, capital da província de Qinghai, marco histórico da antiga Rota da Seda. Deste modo, teremos oportunidade de presenciar as mudanças na paisagem que desfila perante nós e, no processo, aclimatizarmo-nos à alta altitude do planalto tibetano.
Uma vez na capital do Tibete, Lhasa, obrigatórias se tornam as visitas ao palácio de Potala, antiga residência dos Dalai lamas; ao templo de Jorkhang, o mais sagrado do Tibete; e aos vizinhos mosteiros de Sera e Deprung, redutos da história e cultura tibetanas.
É a partir de Lhasa que iniciaremos a expedição propriamente dita, viajando em direção ao belíssimo lago de Yamdrok e ao imponente glaciar Karola. Concluiremos a jornada desse primeiro dia em Gyantse, visitada, em 1626, pelos jesuítas João Cabral e Estevão Cacela. Aí apreciaremos as particularidades do mosteiro de Palchu e da fortaleza local.
Prosseguiremos no dia seguinte rumo a Xigatse, onde existiu outrora uma missão jesuíta liderado pelo Padre Estêvão Cacela, que nessa cidade faleceria. O mosteiro de Tashilhunpo, residência oficial do Panchen Lama (segunda autoridade religiosa do Tibete) e a fortaleza – que o Padre João Cabral comparou aos castelos portugueses – são os principais atrativos da cidade.
Seguem-se dois dias de viagem por locais inóspitos, mas de uma beleza incomparável, através das estradas mais altas do planeta, rumo ao monte Kailash e ao lago Manasoravar, importantes locais de peregrinação budista e hindu. Em 1717, o jesuíta Manoel Freyre seria o primeiro europeu a presenciar tais paragens. Haverá oportunidade para aí fazermos caminhadas e, junto ao lago, visitarmos o pitoresco eremitério Chiu Gompa.
A jornada prossegue depois até Tsaparang, capital do antigo reino de Guge onde, em 1624, o Padre António de Andrade e o seu companheiro de viagem, o Irmão Manuel Marques, viveram alguns anos, estabelecendo aí uma missão jesuíta que chegou a ter igreja edificada e vários padres residentes.
Assistir ao nascer do sol nas ruínas de Tsaparang, o principal destino da nossa expedição, é uma experiência inolvidável.
Em Zanda, a povoação mais próxima das afamadas ruínas, impõe-se uma visita ao ancestral mosteiro de Tholing.
A viagem continua depois rumo ao Nepal, com passagem pelos lindíssimos lagos azul turquesa de Cuochulong e Paiku Co, e o idílico vale de Gyirong, apropriadamente designado “Vale da Felicidade”. Ao nosso redor, majestosos picos nevados proporcionam o mais admirável dos quadros.
Segue-se uma longa descida até à fronteira nepalesa e, depois – para concluir em beleza tão extraordinária jornada – rumaremos a Kathmandu e Bakhtapur, cidades nepalesas visitadas por Estêvão Cacela e João Cabral, hoje com o selo Património da Humanidade.
Sou um profundo conhecedor do Tibete e de toda a envolvente himalaica, tendo visitado a região por inúmeras ocasiões, enfrentando, não raras vezes, situações de extrema dificuldade.
Como resultado dessas enriquecedoras experiências, publiquei inúmeros artigos na imprensa, realizei diversas exposições fotográficas e, em 2010, publiquei o livro “Viagem ao Tecto do Mundo – O Tibete Desconhecido”, com a chancela da Editorial Presença.
O culminar desse meu trabalho, porém, foi a produção e realização da série documental de quatro episódios Himalaias – A Viagem dos Jesuítas Portugueses e, posteriormente, do episódio único No Reino do Dragão, obras exibidas por diversas ocasiões na RTP 2, sempre com grandes níveis de audiência.
Foi, de facto, a realização de um desejo muito antigo, pois desde sempre me “perseguiu” a saga do padre António de Andrade e demais companheiros.
Para terem uma ideia do que irão presenciar durante esta inesquecível e única expedição, podem desde já visualizar os mencionados documentários abrindo o seguinte link: https://www.rtp.pt/programa/tv/p28299
Ao longo da expedição acompanharei todas as visitas com a devida contextualização histórica, e, sempre que se justifique, acrescentar-lhe-ei a componente do contributo português para a divulgação dessa peculiar realidade sociocultural, bem viva ainda nos Himalaias. Foi um contributo pioneiríssimo e fundamental, infelizmente arredado da esmagadora maioria dos conteúdos, escritos ou de audiovisual, produzidos ao longo das últimas décadas.
São muitos os factos históricos, as estórias e as curiosidades que tenho para vos contar. Estou certo que vos irão surpreender.
Ninguém fica a mesma pessoa após uma viagem como esta.
País das Neves Eternas, Teto do Mundo ou Shangri-La são algumas das expressões mais comuns quando queremos referir-nos ao misterioso e esotérico Tibete. Porém, a verdade é que tais palavras se revelam insuficientes para definir a grandiosidade e amplitude desta extensão de terra nos confins dos Himalaias.
Fonte de fascínio para o mundo exterior, o Tibete esteve ‘apartado’ do Ocidente pelo menos até ao início do século XVII, altura em que jesuítas portugueses instalados em Goa, incitados pelos rumores de que ali existiriam comunidades cristãs, abriram o caminho a uma série de exploradores e aventureiros que apenas quase três séculos mais tarde ousariam partir em busca das riquezas materiais e espirituais dessa nação.
Lhasa, a capital, era conhecida como a “Cidade Proibida”, tal era a dificuldade em obter autorização para a visitar, mas quando, em meados do século XX, as suas portas se abriram ao turismo, o Tibete deixou de ser o reino escondido que alimentava os sonhos dos mais curiosos.
Ao longo das décadas seguintes, acessível e tolerante, o povo tibetano deixou-se permeabilizar pela influência e cultura chinesas, perdendo alguma da sua graça e originalidade. Todavia, alguns observadores comparam o momento atual à renascença tibetana do século XI, quando o budismo voltou a ser instaurado no país depois de dois séculos de perseguições. Lentamente, esta cultura milenar começa a reconstruir o seu mundo.
Um pequeno passeio pela Praça de Barkhor ou uma visita a Jorkhang, o mais sagrado dos templos, é suficiente para constatarmos que a tentativa de edificar um “admirável mundo novo” no planalto tibetano esbarrou contra a espantosa fé dos seus habitantes. Com um património de mosteiros notáveis, paisagens de alta montanha estupendas, extensos lagos cristalinos e rotas de peregrinação lendárias, o Tibete continua a ser uma das regiões mais belas do planeta.
E se para o viajante atento qualquer deslocação ao Tibete será, simultaneamente, uma experiência inesquecível e perturbante, para um Português uma viagem destas pode assumir um carácter muito especial. Digo isto porque, em certa medida, podemos considerar que o Tibete foi um dos últimos destinos dos Descobrimentos, apesar de n’Os Lusíadas se valorizar uma nação de marinheiros intrinsecamente ligada ao mar e ignorar os que se aventuravam pelo interior dos continentes americano, africano e asiático, como foi o caso dos jesuítas, que desafiaram os Himalaias.
Em 1624, após uma duríssima travessia através dos “desertos de neve” que separam a Índia do Tibete, os jesuítas António de Andrade e Manuel Marques chegaram a Tsaparang, a capital do reino tibetano de Guge. Andrade e Marques foram os primeiros ocidentais a visitar o Teto do Mundo, na altura associado ao mítico reino do Cataio, onde chegaram a construir uma igreja e fundaram uma missão católica que funcionaria até 1640. O primeiro relato do padre Andrade, intitulado Novo Descobrimento do Gram Cathayo ou Reinos do Tibet, foi publicado em 1626 e rapidamente traduzido nas principais línguas europeias.
António de Andrade, Francisco de Azevedo, João Cabral e Estêvão Cacela, entre outros, verdadeiras e únicas autoridades em matéria de tibetologia até à segunda metade do século XVIII, deixaram registos das suas viagens. Durante mais de um século, entre 1624 e 1746, a Europa nada mais soube sobre o Tibete para além daquilo que os Portugueses lhes transmitiram; não obstante, quando hoje se fala do estudo e de conhecimentos pioneiros desta região do planeta, são os nomes de Desideri Ippolito (jesuíta italiano que viveu no Tibete um século depois de António de Andrade), Sven Heiden ou Francis Younghusband (respetivamente, explorador sueco e militar inglês, ambos do início do século XX) os mais referidos, e nunca os dos pioneiros Portugueses.
Aos nomes de Andrade, Marques, Azevedo, Cabral e Cacela podemos juntar muitos outros praticamente desconhecidos. Diogo de Almeida, Gonçalo de Sousa, Francisco Godinho, António Pereira, António da Fonseca, Manuel Dias, Manoel Freyre, Félix da Rocha ficarão para sempre ligados à história do Descobrimento do Tibete pelos europeus. Para estes homens, movidos por uma fé profunda, a empresa tibetana era a resposta a um apelo divino numa região desconhecida que tinha o valor que a Terra Prometida tem para os judeus. Já o profeta Isaías falara da existência de “uma nação que vive numa montanha muito alta de onde correm rios poderosos”, descrição que encaixa na perfeição com o cenário natural do monte Kailash e do lago Manasorovar que, juntamente com as ruínas da cidade de Tsaparang, constitui o cerne geográfico da nossa expedição, inspirada nos passos e relatos destes homens.
Convido-os a conhecer um importante capítulo do nosso passado coletivo: as rotas geográficas ‘inauguradas’ por esse grupo de intrépidos portugueses da primeira metade do século XVII.
Levá-los-ei numa aventura de milhares de quilómetros através de uma das mais espetaculares e deslumbrantes paisagens do planeta.
Venham viajar comigo!
Joaquim Magalhães de Castro
PREÇO POR PESSOA EM QUARTO DUPLO: 8.955 €
SUPLEMENTO Quarto individual: 1.250€
SINAL: 2.700€
O PREÇO INCLUI:
• Assistência nas formalidades de embarque;
• Transfer privativo Porto / Lisboa / Porto;
• Passagem aérea em classe económica Lisboa / Pequim e Kathmandu / Lisboa em voo Emirates Airlines, com direito a uma peça de bagagem até 30kg e respetivas taxas de aeroporto, segurança e combustível (170 €*):
Lisboa – Dubai (duração aproximada 07h35)
Dubai – Pequim (duração aproximada 07h35)
Kathmandu – Dubai (duração aproximada 04h55) (voo operado pela FlyDubai)
Dubai – Lisboa (duração aproximada 08h10);
• Voo interno em classe económica Pequim / Xining, com direito a 20kg de bagagem e respetivas taxas de aeroporto, segurança e combustível (30 €*):
Pequim / Xining (duração aproximada 02h35)
• Circuito em autocarro de turismo;
• Viagem de comboio entre Xining e Lhasa em classe económica incluindo dormida a bordo em cabines partilhadas até um máximo de 4 pessoas;
• Transfer em jeeps 4×4 após passagem da fronteira com o Nepal, no 17º dia;
• Alojamento e pequeno-almoço nos hotéis mencionados ou similares;
• Pensão completa, desde o almoço do 3º ao jantar do 18º dia, excluindo o jantar do 3º dia e pequeno almoço do 4º (16 almoços e 15 jantares).
• Acompanhamento por nosso Autor durante todo o circuito, desde e até um dos locais de partida (Porto ou Lisboa) – Joaquim Magalhães de Castro;
• Acompanhamento por guia Pinto Lopes Viagens durante todo o circuito, desde e até um dos locais de partida (Porto ou Lisboa)
• Guia local falando Inglês na China e no Tibete e Espanhol no Nepal;
• Visitas e entradas conforme mencionadas no programa;
• Vistos de entrada no Tibete (120 Usd) e Nepal (30 Usd);
• Gratificações a guias e motoristas locais;
• Taxas hoteleiras, serviços e IVA;
• Seguro Multiviagens VIP (assistência, cancelamento, interrupção e coberturas complementares COVID-19).
O PREÇO EXCLUI:
• Bebidas às refeições;
• Opcionais, extras de carácter particular e tudo o que não estiver mencionado como incluído.
• Condições específicas de cancelamento por parte do viajante:
– Até aos 75 dias antes da partida – 0
– De 74 a 45 dias antes da partida – 30% do custo total da viagem;
– De 44 a 30 dias antes da partida – 50% do custo total da viagem;
– De 29 a 15 dias antes da partida – 75% do custo total da viagem;
– De 14 a 0 dias antes da partida – 100% do custo total da viagem.
Salvaguardam-se as situações cobertas ao abrigo da nossa apólice de seguro de viagem no capítulo Cancelamento Antecipado.
• Condições gerais Pinto Lopes Viagens: Consulte aqui
• Informação relativa aos nossos Seguros de Viagem: Consulte aqui
• Ao viajar pelo Tibete, deve sempre ter em mente que as instalações e serviços hoteleiros, e também a alimentação, podem não ser do mesmo padrão a que está habituado.
• O Tibete é uma região da China extremamente remota, isolada, de grande altitude e ainda, de certa forma, subdesenvolvida. No entanto, com a rápida expansão do turismo, as condições de alojamento melhoraram nos últimos anos. Se nas cidades de Lhasa, Gyantse e Xigatse iremos contar com hotéis chineses modernos e confortáveis, ao melhor nível internacional, nos restantes locais a oferta pode ficar aquém do esperado, se bem que asseguraremos sempre a melhor qualidade disponível. O mesmo irá acontecer com os locais de refeição em percurso que serão servidos em estruturas muito simples e básicas.
• Os pequenos almoços em alguns hotéis estão em conformidade com a cultura local, pelo que produtos como café, pão, manteiga e compotas poderão não estar disponíveis.
• O comboio entre Xining e Lhasa é por si só uma experiência única. Terá uma duração de aproximadamente 22h00, não dispondo de facilidades para tomar duche, apenas dois WC em cada carruagem. As cabines são de pequenas dimensões, e de ocupação partilhada até 4 passageiros, podendo as mesmas ser ocupadas por passageiros não pertencentes ao grupo.
• Recordar ainda que esta é uma viagem que obriga, de quando em vez, a madrugar e na qual se percorrem várias centenas de quilómetros por dia. Compensa o cansaço (e até algum, por vezes, desconforto) a magnitude das paisagens que desfilam perante os nossos olhos. Paisagens únicas no mundo. É de pasmar com tanta beleza. Estou certo que uma coisa compensará a outra.
• Recomendamos Consulta do Viajante;
• Preço da viagem sujeito a flutuações cambiais.
• Programa elaborado a 2 de dezembro de 2024
• Obrigatório Passaporte com validade mínima de 6 meses após a data de regresso, cuja fotocópia deve enviar previamente para a agência.
*Chamada para a rede fixa nacional