Costa do Marfim: Uma expedição ao berço das melhores danças de máscaras Africanas

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1º DIA • PORTO OU LISBOA (AVIÃO) – ABIDJAN

Em horário a combinar, comparência no aeroporto escolhido para embarque em voo regular com destino a Abidjan, via uma cidade europeia. Chegada a Abidjan, capital económica e a maior cidade da Costa do Marfim. Transfer ao hotel. Jantar. Alojamento no Hotel Sofitel Abidjan 5* ou similar.

2º DIA • ABIDJAN – GRAND-BASSAM – ABIDJAN

Ao final da manhã, saída em direção à cidade histórica de Grand-Bassam, a primeira capital da Costa do Marfim e um exemplo notável de cidade colonial do final do séc. XIX / início do séc. XX. Foi desenhada com bairros especializados em comércio, administração e moradia, organizados de forma a separar europeus e africanos, como era habitual nas cidades coloniais da época. Almoço em restaurante, seguido de passeio, a pé, pelo centro histórico, classificado como Património da Humanidade pela UNESCO em 2012. Destaque para os principais marcos da cidade: o primeiro banco, o antigo hotel, a mesquita, a alfândega, as casas dos Comerciantes Franceses e o imponente Palácio do Rei. Mesmo marcados pelo tempo e pelo total abandono, estes edifícios preservam a memória de uma época de grande efervescência económica e social. Visita ao Museu dos Costumes, instalado no antigo Palácio do Governador. Esta verdadeira joia arquitetónica, com a sua impressionante escadaria exterior, abriga uma coleção única de trajes tribais, máscaras, ornamentos e fotografias etnográficas, oferecendo uma perceção fascinante da história e da riqueza cultural da Costa do Marfim. Regresso a Abidjan. Jantar. Alojamento.

3º DIA • ABIDJAN

Dia inteiramente dedicado a Abidjan. Saída em direção ao Plateau, o centro administrativo e de negócios da cidade, conhecido como a “Manhattan Africana”. As ruas estreitas, ladeadas por prédios coloniais, conferem-lhe um charme que lhe valeu o apelido de “petit Paris”, enquanto os edifícios altíssimos, com vista para a lagoa, remetem para uma pequena Manhattan. Continuação para a imponente Catedral de São Paulo, uma obra de arquitetura contemporânea projetada pelo italiano Aldo Spirito, que serve como igreja-mãe da Arquidiocese Católica Romana de Abidjan. Inaugurada em 1985, é hoje um dos grandes ícones arquitetónicos da cidade. Passagem pela Mesquita Salam ou Mesquita Azul e pela Pirâmide, um dos muitos edifícios vanguardistas construídos nas décadas de 60 e 70 em África, para celebrar a Independência. Visita ao Museu das Civilizações, que oferece uma visão abrangente sobre os quatro principais grupos étnicos da Costa do Marfim (Gur, Kru, Mande e Akan) e proporciona informações essenciais para compreendermos melhor a História e a diversidade cultural do país. Passagem pelo Porto de Abidjan, onde visitaremos o Grand Marché de Treichville, o vibrante mercado da cidade, ideal para observar a dinâmica local e os produtos comercializados. Legumes, sementes, carne, peixe, roupas e artesanato preenchem este espaço colorido e animado. Almoço entre visitas. Jantar. Alojamento.

4º DIA • ABIDJAN – ALDEIA DE ANIANSUÉ – ABENGOUROU

Saída em direção a Abengourou, o coração da cultura Agni, um subgrupo dos Akan, povo originário do Gana que se estabeleceu nesta região há séculos. No percurso, paragem na Aldeia de Aniansué para visita a uma escola e um santuário fetichista, onde é possível aprender sobre as práticas espirituais da região e a relação da comunidade com as suas crenças ancestrais. Na vila, conheceremos o Komian, uma pessoa com um papel central nas tradições locais, responsável por mediar a comunicação com o mundo espiritual. O Komian, com a ajuda de dança e música, leva a cabo rituais de divinação, um processo simbólico e cultural que visa trazer orientações à comunidade. Almoço entre visitas. Continuação para Abengourou. Jantar. Alojamento no Hotel Royaume 3* ou similar.

5º DIA • ABENGOUROU – BONGOUANOU – ALDEIA DE KONDEYAKRO – YAMOUSSOUKRO

Partida em direção a Bongouanou para visita ao lago sagrado, famoso por abrigar o peixe sagrado Sokoteh, um símbolo de grande importância espiritual para a comunidade local. Continuação para Yamoussoukro, a capital política do país. Almoço. Visita à aldeia de Kondeyakro, habitada pelo povo Baoulé, conhecido pelas suas tradições culturais ricas e pela sua impressionante arte. Possibilidade de assistir ao espetáculo das Danças das Máscaras Goli, uma cerimónia tradicional realizada em ocasiões especiais, como funerais ou celebrações. Durante esta dança, os participantes usam máscaras poderosas e dançam ao som de tambores e cânticos, criando uma atmosfera de grande energia espiritual. Continuação para Yamoussoukro, a capital política e administrativa da Costa do Marfim desde 1983. Jantar. Alojamento no Hotel President 4* ou similar.

6º DIA • YAMOUSSOUKRO – BOUAKÉ – FAKAHA – KORHOGO – NAWALAKAHA – KORHOGO

Panorâmica pelos principais pontos de interesse da neoclássica capital. Continuação para Bouaké, a segunda maios cidade, fundada no final do séc. XIX pelos Franceses. Almoço. Partida em direção a Fakaha, uma aldeia no norte do país, famosa pela produção das telas conhecidas como “telas de Korhogo”. Estas telas são feitas com tinta natural sobre tecido de algodão cru e são reconhecidas mundialmente, tendo mesmo inspirado Pablo Picasso, apelidado de “o homem nu”, durante a sua viagem à região dos Senoufo após a independência. As pinturas, que variam entre padrões geométricos e simbólicos, são atualmente utilizadas também como tapetes ou peças de vestuário. Os padrões mais antigos representam animais simbólicos, como cobras e aves, combinados com formas geométricas. Com o tempo, influenciadas pela procura ocidental, estas pinturas passaram a incorporar novos motivos, incluindo figuras humanas e temas do quotidiano e das cerimónias. Continuação para Korhogo, a capital dos Senoufo, um povo conhecido pelas suas notáveis obras de arte, incluindo esculturas em madeira, pinturas, tecidos e trabalhos em metal. Após check in no Hotel le Mont Korhogo 3* ou similar, saída para a aldeia de Nawalakaha, onde iremos assistir a um espetáculo de dança de iniciação dos Comedores de Fogo, conhecida como Djinangoro. Regresso a Korhogo. Jantar. Alojamento.

Mercado de Korhogo

7º DIA • KORHOGO – KONG – CHIEN LO – KAPÉLÉ – KORHOGO

Partida para Kong para visita à maior das oito mesquitas em estilo sudanês existentes na Costa do Marfim. Estas mesquitas são caracterizadas pela construção em terra, com estruturas de madeira projetadas para o exterior, contrafortes verticais coroados com potes de cerâmica ou ovos de avestruz, e minaretes altos ou baixos em forma de pirâmide truncada. Representam uma interpretação de um estilo arquitetónico que surgiu entre os séculos XII e XIV na cidade de Djenné, então parte do Império do Mali, cuja prosperidade provinha do comércio de ouro e sal através do deserto do Sahara até ao Norte de África. Almoço. Regresso a Korhogo para visita aos rochedos de Chien Lo, um dos locais de culto animista mais emblemáticos da região. Pessoas de todas as religiões deslocam-se a este local para pedir proteção ao génio da rocha contra o mau-olhado e também pedir desejos. Para que os pedidos sejam atendidos, é necessário realizar um sacrifício, efetuado por um dos “homens da rocha”, que atua como intermediário entre o mundo dos vivos e os espíritos. A oferenda é feita contra a pedra, enquanto se fazem invocações e se fixam penas e carne no rochedo. Seguimos depois para Kapélé, uma pequena aldeia conhecida pelas suas contas feitas de barro, recolhido no leito de um rio próximo. Cada conta é moldada à mão, com as mãos untadas em manteiga de karité, perfurada com um pau de bambu e depois cozida. Após a cozedura, as contas são pintadas minuciosamente à mão com uma pena de galinha. O artesão apoia o bambu entre os dedos ou no pé calejado, girando-o com destreza para criar belíssimos padrões. Jantar. Alojamento.

Mesquita em Kong

8º DIA • KORHOGO – NIONFOIN – BOUANDIALI – ALDEIA NDARA – ODIENNEÉ

Visita ao bairro de escultores de Koko, onde existem várias galerias-oficina, povoadas de máscaras, estatuetas, bengalas, grandes calaus, portas, bancos e cópias, mais ou menos fiéis, de modelos tradicionais. Passagem por uma cooperativa onde se produz manteiga de karité, um dos essenciais de beleza da mulher africana, usado no cabelo e no corpo. Partida para Nionfoin, um lugar com uma energia única, famoso pelas suas cabanas de feiticeiros, que são consideradas algumas das mais belas de toda a África Ocidental. No centro da aldeia, destacam-se algumas estruturas interessantes, como uma pérgula onde os jovens iniciados colocam ramos de árvore, que são depois queimados durante os rituais locais. No entanto, são as casas dos feiticeiros, que tornam o local verdadeiramente único. Estas casas possuem uma arquitetura e decoração muito peculiares, e apenas os iniciados podem entrar. Continuação para Boundiali para almoço. Prosseguimento até á Aldeia Ndara, para assistirmos à dança das meninas virgens, chamada Ngoro. As jovens iniciadas passam meses juntas em bosques sagrados isoladas, onde aprendem os segredos sociais e religiosos que transformam uma menina em uma genuína Senoufo. Após sete anos, há uma grande celebração para aqueles que passaram por todos os estágios da iniciação, em particular a dança das meninas virgens, que é realizada ao final do primeiro estágio da iniciação. Continuação para Odienneé, sempre rodeados por paisagens verdejantes e algumas montanhas. Jantar. Alojamento Hotel Les Frontières 2* ou similar.

Aldeia Nionfoin

9º DIA • ODIENNEÉ – NGORONDOUGOU – TOUBA – MAN

Saída em direção a Touba, com uma paragem em Ngorondougou, que faz fronteira com a Guiné Conacri, para admirarmos à distância a ponte sobre o rio que liga os dois países. Chegada ao povoado de Godofouma, ou outro, onde assistiremos à dança tradicional Yacouba. Os dançarinos utilizam andas, criando a ilusão de guerreiros gigantes. A dança é muito colorida e distinta de tudo o que vimos até agora. Continuação para Touba para almoço. Prosseguimento para Man, onde durante o trajeto passaremos por diversas aldeias e observaremos grandes plantações de caju e café. A paisagem começa a mudar, entrando numa zona mais verde, com montanhas e um clima mais húmido e fresco. Man é a maior cidade do oeste da Costa do Marfim e é conhecida pelo seu relevo peculiar, distinto do resto do país. O cartão-postal da cidade é a montanha “La Dent de Man” (O Dente de Man), embora o Monte Tonpki seja mais alto. A cidade está situada numa bacia, cercada por montanhas nubladas que formam um contorno peculiar no horizonte. Algumas colinas lembram grandes jardins japoneses, com árvores de madeira dura e nobre que surgem entre as escarpas rochosas. Jantar. Alojamento no Hôtel Beau-Séjour 3* ou similar.

Floresta sagrada de Man

10º DIA • MAN – DALOA – BOUAFLÉ – YAMOUSSOUKRO

Pela manhã, visita a uma das muitas marcenarias que trabalham a famosa madeira Alloi, de 7 tons de vermelho que só existe em dois países no mundo. É uma madeira extremamente dura e o seu tronco vermelho sangue. No bairro muçulmano de Dioulabouglou, não muito longe da mesquita principal da cidade, existem algumas oficinas tradicionais, a primeira das quais foi fundada em 1958. Partida em direção a Daloa, cujo percurso é rodeado por uma vegetação exuberante, com imensas mangueiras e abacateiros. Uma parte significativa do percurso é marcada por uma densa floresta de árvores de borracha, cujas exportações são quase totalmente destinadas à China. Chegada a Daloa, a quarta maior cidade do país. Almoço. Continuação para Bouaflé, cidade berço do povo Gouro, onde assistiremos à famosa dança Zaouli, considerada a mais difícil do país. Esta dança exige um mínimo de 200 passos por minuto, com movimentos incrivelmente rápidos das mãos e pés, enquanto o corpo superior permanece imóvel. A dança Zaouli é um espetáculo de grande resistência e força. Em 2017, foi reconhecida como Património Cultural Imaterial pela UNESCO. A dança é o elo que liga várias tradições de dança no país, destacando-se pela destreza e agilidade do bailarino. No plano artístico, o Zaouli distingue-se pela delicadeza das máscaras, pela jovialidade do estilo e pela beleza dos seus movimentos graciosos. Continuação para Yamoussoukro. Jantar. Alojamento no Hotel President 4* ou similar.

11º DIA • YAMOUSSOUKRO – ABIDJAN (AVIÃO) …

Visita aos principais monumentos da capital. Começamos com a visita à Basílica de Nossa Senhora da Paz, frequentemente classificada como a maior igreja cristã do mundo. Construída entre 1985 e 1989, foi intencionalmente inspirada na Basílica de São Pedro, no Vaticano. A sua construção iniciou-se a 10 de agosto de 1985 e a basílica foi consagrada pelo Papa João Paulo II, a 10 de setembro de 1990. Passagem pelo exterior da casa do primeiro presidente da Costa do Marfim, Félix Houphouët-Boigny, líder aquando da Independência em 1960. Em frente, paramos junto ao Lago Sagrado dos Crocodilos onde, como o nome indica, vivem numerosos crocodilos que, ocasionalmente, são alimentados pelos locais. Visita ao Palácio da Fundação Félix Houphouët-Boigny, erguido para acolher a Conferência de Paz realizada sob os auspícios da UNESCO em 1973. O edifício destaca-se pelos seus pisos de mármore e imponentes candelabros. No interior, vale a pena visitar o pequeno museu que narra a história do primeiro presidente do país. Almoço. Partida para Abidjan. Jantar de despedida. Transfer ao aeroporto para embarque em voo com destino a Portugal, via uma cidade europeia.

12º DIA • … – LISBOA OU PORTO

Chegada a Portugal. Fim da viagem.