“Num ano em que a maioria das fotografias finalistas optaram por retratar temas sociais, sobretudo o quotidiano difícil que as populações de países em desenvolvimento têm que suportar; ou seja, num ano em que algumas das melhores fotos caberiam mais num prémio de fotojornalismo; optei por seleccionar este momento de serenidade e leveza num acolhedor ambiente urbano. A imagem está equilibrada cromaticamente, a composição e o enquadramento são primorosos, e a capacidade de fazer fantasiar com uma próxima viagem é poderosa. Estamos em Yazd, em pleno deserto iraniano, e a promessa de protecção e deleite que oferece esta viela imemorial recorda a importância do oásis na História da Humanidade; e acerta em cheio no apelo à viagem que reside no imaginário de todos os ocidentais.”