VIAGEM EM GRUPO | Viagem de Autor com Gonçalo Cadilhe
Poucas visões naturais se comparam com a floração do deserto de Namaqualand, no início da Primavera austral. Situada entre a Namíbia e a África do Sul, a região de Namaqualand é um dos territórios mais desolados, estéreis e monocromáticos do mundo. Mas com a chegada das raras e ocasionais chuvadas de fins de Agosto e Setembro, os planaltos são inundados por extensos tapetes coloridos de margaridas, suculentas e aloés em flor: um espetáculo natural sem paralelo no mundo. O nosso itinerário propõe-se atravessar algumas das paisagens naturais e marcos geológicos mais extraordinários do planeta, como o grande desfiladeiro do Fish River Canyon, as formações monolíticas das montanhas Cederberg, os blocos misteriosos do Giant’s Playground, a interdita Costa dos Diamantes, as dunas vermelhas do Kalahari e ainda as regiões vinícolas de Cape Town, terminando no promontório mais celebrado da História de Portugal, o cabo da Boa Esperança.
Tudo incluído | 27 Refeições
PROGRAMA
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Comparência no aeroporto escolhido para embarque em voo com destino a Windhoek, via Frankfurt. Noite a bordo.
Chegada ao Aeroporto Internacional de Windhoek. Desembarque, controlo de passaportes, encontro com o guia e transfer para o hotel. À tarde um city tour de Windhoek, uma pequena cidade que mantém a memória do seu passado colonial germânico. Jantar. Alojamento no Avani Hotel ou similar.
Atacamos a grande estrada que desce para sul através da paisagem inconfundível da Namíbia. A nossa etapa termina em Mariental, onde almoçamos. Durante a tarde exploramos a orla do deserto do Kalahari, com as características dunas de areia vermelha. Faremos um game drive com possibilidade de avistamento de orix, girafas, zebras, avestruzes, suricatas. Entraremos em contacto com chitas. Pôr-do-sol com aperitivo nas dunas. Jantar. Alojamento no Intu Africa Suricate Camp ou similar.
Duas atrações preenchem o nosso dia. Observaremos as inconfundíveis árvores Kokerboom, uma espécie de aloé, no parque da Quiver Tree Forest, árvores autóctones da região de Namaqualand e que os bosquímanos utilizavam como aljava das suas flechas; e as formações rochosas inqualificáveis do Giant’s Playground, o Recreio dos Gigantes. Terminamos a nossa etapa num dos lodges mais isolados e genuínos da nossa viagem, uma verdadeira imersão no silêncio e na noite do deserto. Observação de estrelas. Almoço entre as visitas. Jantar. Alojamento no Alte Kalkofen Lodge ou similar.
Avançamos na direcção do Atlântico e da Costa dos Diamantes, através da Grande Escarpa, um dos ambientes geológicos mais imponentes da África Austral que divide o grande planalto central africano do litoral atlântico. Ao longo do nosso trajecto iremos dedicar algumas horas à exploração das montanhas Tiras através da D707, uma das estradas mais panorâmicas da Namíbia. Almoço entre as visitas. Ao fim da tarde chegamos a Lüderitz, uma das cidades de mar mais isoladas do mundo. Jantar. Alojamento no Nest Hotel ou similar.
Visitamos durante a manhã Kolmanskop, a cidade fantasma que recorda a corrida aos diamantes do início do século XX. Kolmanskop foi abandonada em 1954 com o esgotamento da jazida. Almoço. Durante a tarde, exploramos Lüderitz, uma pitoresca cidade colonial parada no tempo. Para lá dos edifícios históricos e do ambiente irrepetível típico de uma pequena cidade portuária encravada no fim do mundo, dedicaremos especial atenção ao Diaz point, o promontório onde Bartolomeu Dias ergueu um padrão no dia 25 julho 1488, no regresso da viagem inaugural ao cabo da Boa Esperança. Hoje podemos ver uma réplica do padrão, e admirar a enseada que o navegador baptizou de Angra Pequena. Jantar. Alojamento.
Através de paisagens imensas e desoladas viajamos para o desmesurado Fish River Canyon, um dos maiores desfiladeiros do mundo. Almoço. Durante a tarde tomamos contacto com esta realidade fazendo um pequeno tour a partir do Fish River Lodge, o único lodge que se encontra na orla do desfiladeiro e que permite o acesso às suas profundezas. Jantar. Alojamento no Fish River Lodge ou similar.
A descida em 4×4 ao fundo do Fish River Canyon será um dos momentos altos da nossa viagem. Passaremos o dia a explorar este excesso da geologia que, tendo sido formado a partir de 650 milhões de anos atrás, conta a história da evolução do nosso planeta como poucos outros fenómenos geológicos. O desfiladeiro tem uma profundidade que toca os 550 metros, ao longo de 160 kms de comprimento. O nosso tour irá descer até às margens do pequeno rio Fish, cuja persistência erosiva ao longo de centenas de milhões de anos criou o grande canyon da Namíbia. Almoço entre as visitas. Jantar. Alojamento.
Entramos hoje na porção norte do deserto de Namaqualand, uma das regiões mais áridas do mundo. Na localidade mineira de Rosh Pinah faremos uma visita ao Geo Center para uma melhor compreensão do território que temos vindo a atravessar. Almoço. Ao fim da tarde, chegamos a Oranjemund, cidade na foz do rio Orange fundada nos anos trinta pela De Beers para a garimpagem de diamantes. Com um ambiente único de uma cidade cuja única razão de existir é dar dormida aos mineiros, Oranjemund é a última localidade da Namíbia e a porta de entrada na zona proibida dos diamantes… para quem tiver autorizações e licenças. Não é o nosso caso! Jantar. Alojamento no Norotshama River Resort ou similar.
Atravessamos o rio Orange e entramos na África do Sul. Percorrendo a Costa dos Diamantes, chegamos a Port Nolloth, localidade especializada na sucção submarina de diamantes aluvionais. Deixamos o Atlântico e rumamos ao epicentro da observação das flores da Namaqualand, atacando de novo, agora em sentido contrário, a Grande Escarpa, através da cénica portela de Anenous. Terminamos o dia com um passeio pelas ruas de Kamieskroon, aldeiazinha perdida no meio da paisagem lunar de Namaqualand. Almoço entre as visitas. Jantar. Alojamento no Kroon Lodge ou similar.
Passamos o dia a explorar o Namaqua National Park, quer em veículo próprio, quer em pequenas caminhadas por trilhos assinalados. Com vários planaltos protegidos e estradas cénicas, é o lugar mais indicado para encontrarmos o fenómeno natural do deserto em flor, uma visão que vale uma viagem. Podemos observar a floração de suculentas como mesembryanthemums, margaridas de Namaqualand, e variedades de Asteraceae e Liliacaea. Entre a fauna, várias espécies de antílopes, babuínos, porcos-espinhos, papa-formigas, linces, raposas, chacais e leopardos. Almoço entre as visitas. Jantar. Alojamento.
Retomamos a nossa marcha para o Sul, passando por alguns momentos geológicos assombrosos nas montanhas Matsikamma e Bokkeveld, cuja escarpa iremos descer na porção de Vanhryhns pass. Continuamos a percorrer a zona de floração da Namaqualand e as possibilidades de avistar carpetes de flores são elevadas. Aqui se cruzam dois biomas essenciais do planeta, a Região Florística do Cabo com a região das Suculentas do Karoo. Visitamos em Nieuwoudtville a Wild Flower Reserve, com uma concentração estupenda de bolbos. Um dos momentos altos da viagem será o trilho de 5 kms que percorreremos, no meio de flores silvestres, para observar os testemunhos de arte rupestre bosquímana da Sevilla Rock Art, um complexo de grutas e nichos preenchidos com exemplos extraordinários de arte rupestre deixados desde há 8000 anos pelo povo San. Almoço entre as visitas. Jantar. Alojamento no Clanwillian Hotel ou similar.
Clanwillian é uma das localidades mais antigas da África Austral e a capital mundial do cultivo e produção de Rooibos, a tisana que conquistou o mundo pelas suas propriedades antioxidantes. Continuamos para sul através das paisagens soberbas das montanhas Cederberg, explorando algumas das suas imponentes e contorcidas formações rochosas, entre elas o grupo Stadsaal e a Maltese Cross. Almoço. De tarde, chegamos às Cape winelands, a zona dos vinhedos do Cabo. Visitamos Paarl e Stellenbosch, duas das cidades mais agradáveis do universo vinícola mundial. Jantar. Alojamento no Stellenbosch Hotel ou similar.
Chegamos à Cidade do Cabo, a Taverna dos Mares, uma das cidades mais extraordinárias do mundo. Aninhada no sopé da Montanha da Mesa, abraçando um porto natural extraordinário, foi fundada em 1652 pela Companhia Holandesa das Índias Orientais como etapa na rota do Índico. Visitamos o centro histórico e, se o tempo permitir, iremos subir no teleférico ao topo da Montanha da Mesa. Almoço entre as visitas. Jantar. Alojamento no The Commodore Hotel ou similar.
Passamos o dia a explorar a península do Cabo da Boa Esperança, dando especial relevo ao Adamastor domado pela primeira vez por Bartolomeu Dias, antigo cabo das Tormentas e um dos promontórios mais temidos e celebrados pela História da navegação mundial. Visitamos também a baía interior, False Bay, e a sucessão de bairros que se estende pelo seu litoral. Almoço entre as visitas. Jantar. Alojamento.
Tempo livre. Transfer ao aeroporto para embarque em voo noturno com destino a Portugal, via Frankfurt.
Chegada a Portugal. Fim da viagem.
*Chamada para a rede fixa nacional